Em Santa Catarina ao longo de cerca de seis décadas do século XIX, considerável número de imigrantes alemães juntou-se a outros grupos étnicos de origem europeia num esforço genocida contra a população indígena. De forma apropriada para lidar com o tema, Rinke e Kriegesmann utilizam o conceito de “genocídio insidioso”, para descrever o que se verificou em Santa Catarina, especialmente no Vale do Itajaí. Insidioso por parecer benéfico aos imigrantes, portadores da civilização e progresso. Dessa forma, ficava evidente que a coexistência pacífica não passava de uma quimera. No discurso dos teuto-brasileiros quem fazia o trabalho sujo eram os bugreiros, e não eles. Ao mesmo tempo estavam convencidos de que o bugreiro fazia o que precisava ser feito e os teuto-brasileiros, claro, pagavam por isso. No texto de Hugo Gensch, analisado por Rinke e Kriegesmann, Gensch relata massacres de indígenas, para os quais lhe faltam adjetivos para descrever as cenas. Ele traz sua experiência na convivência com uma jovem adolescente indígena, adotada por sua família, e em função desta convivência, levanta algumas questões relativas à população indígena que merecem especial atenção.

 

ISBN 978-65-5974-268-4

 

E-Book com download grátis