A caminho do bicentenário das migrações alemãs para o Brasil (1824-2024) percebemos que essa história até o momento foi contada quase exclusivamente com símbolos alfabéticos. Atas, bilhetes, cartas, cartões postais, diários, inventários, passaportes, processos-crime, registros paroquiais, relatórios da alfândega e outros papéis e documentos foram alçados à categoria de fonte histórica. Trabalhadas por historiadores/as, palavras e frases permitiram que as experiências de imigração, fossem apreendidas, analisadas e veiculadas em textos que têm na grafia o seu modo de comunicar.

Quadros e suas respectivas imagens, no entanto, também podem se caracterizar como importantes “documentos”, buscando um jeito diferente de contar esta história.  Palavras podem ser apenas coadjuvantes do ensaio narrativo! Neste contexto, as pinturas do artista plástico Flávio Scholles ganham protagonismo ao evidenciarem o cotidiano da vida imigrante. Com olhar detalhado, íntimo e perspicaz, o autor dos quadros que falam traz ao leitor aspectos pouco abordados nos estudos migratórios.

As pinceladas explicitam, em diversos capítulos, com cerca de 200 quadros, o êxodo e as migrações, infância/crianças, famílias, mulheres, trabalho, sociabilidades, urbanização e espiritualidade, temas que somente nos últimos anos têm recebido maior atenção dos estudiosos. 

 

ISBN 978-65-5974-008-6

 

Colorido e formato especial | capa dura