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Jammerthal, o Vale da Lamentação:
A minha Guerra Mucker

Autor: João Biehl
Categoria: História/Anais/Encontros
Idioma: Português
Páginas: 313
Editora: Oikos
Preço: R$ 75,00

No ano que marca o bicentenário da imigração alemã e os 150 anos da Guerra Mucker, a Editora Oikos lança o livro Jammerthal, o Vale da Lamentação: A minha Guerra Mucker, do autor gaúcho João Biehl.

Jammerthal, o Vale da Lamentação lança luz sobre aspectos nunca antes explorados da Guerra Mucker, o primeiro levante messiânico do Brasil moderno, ocorrido na região de colonização alemã em 1874. No livro, o antropólogo João Biehl, nascido em Picada Café e criado falando o dialeto Hunsrückisch, professor da Universidade de Princeton, articula um entrelaçamento sociopoético entre sua história pessoal, pesquisas etnográficas e arquivísticas inéditas e os vestígios de um embate que ainda hoje está presente no imaginário coletivo da região. Deixada à impunidade e relegada à escória da história nacional, essa guerra fratricida teve como pano de fundo o expansionismo neocolonial que conectava a Europa à fronteira sul do Brasil. O conflito foi expressão não apenas da racialização e da dinâmica necropolítica das elites de um emergente germanismo local – os homens brancos do capital, da razão e de Deus – mas também de uma religiosidade popular silenciada e de uma insurgência anticolonial dos mais pobres. Criado em colaboração com o fotógrafo dinamarquês Torben Eskerod, Jammerthal é um documentário visual arrebatador, que retrata como uma maneira Mucker de conceber o corpo, a morte e o mundo – aberto ao espírito da natureza – sobrevive ao tempo na paisagem sulina.  

“Des/escrever os Mucker e des/cobrir o Jammerthal, o Vale da Lamentação: bastaria isso para presentear o leitor com o texto de João Biehl. Seu escrito está aí para romper a crosta do inscrito “episódio Mucker”, na região do Ferrabraz. De bisturi à picareta, as representações dos Mucker, em textos que se tornaram referências no passar de mais de um século, são rompidas e escalpeladas.” (Vítor Westhelle – in memoriam)

“Nesta obra, eventos de 150 anos atrás são repassados sob o ângulo da consciência aguda de nosso tempo, num sugestivo mosaico de imagens, intuições, desejos, momentos sublimes e eventos de barbárie, numa prosa única, que alia pesquisa histórica e poesia num relato comovente.” (Luís Augusto Fischer)

“É um livraço... O texto é resultado de uma jornada de 30 anos, que entrelaça a trajetória pessoal do autor a pesquisas inéditas... A Guerra Mucker, de certa forma, é o retrato da intolerência e da não aceitação do diferente. Os colonos foram vistos como bestas selvagens que poderiam ser mortas com impunidade, reflete Biehl. Em tempos sombrios, a discussão é atual e necessária.”  (Juliana Bublitz)

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